Influenciada pelo recuo nos setores de Serviços e Indústria e pelo avanço do Comércio e da Construção Civil, a confiança dos donos de pequenos negócios de Minas Gerais apresentou ligeira queda em março. É o que mostra a pesquisa Índice Sebrae de Confiança dos Pequenos Negócios (Iscon), que mensura a percepção dos empreendedores em relação ao momento econômico e suas atividades. A pesquisa ouviu 1.204 empreendedores, entre 1 e 16 de março.
O Índice de Situação Recente (ISR), que mede a percepção dos empreendedores sobre suas atividades nos últimos três meses, foi de 78, um ponto abaixo do registrado em fevereiro (79 pontos). O Índice de Situação Esperada (ISE), que reflete as expectativas dos empreendedores em relação ao trimestre seguinte, ficou em 123, 2 pontos abaixo do registrado em fevereiro (125).
Desaceleração
Nos últimos cinco meses, o Iscon intercalou entre 108 e 110 pontos, com pequenas variações entre os meses. Essa variação indica uma certa estabilidade no nível de atividade econômica, o que é apontado também pela relativa estabilidade na taxa de desemprego. Apesar disso, esses valores estão inferiores à média do Iscon no ano de 2022, que foi de 118 pontos.
“O fato de o patamar atual estar abaixo da média do ano anterior pode ser um sinalizador da desaceleração gradual da taxa de crescimento da economia, tanto nacional quanto global. No âmbito nacional, as incertezas quanto ao regime fiscal persistem e o ciclo atual de política monetária sustenta o cenário de desaceleração da atividade doméstica”, ressalta o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.
Por setor
A pesquisa mostrou que, de fevereiro a março, o comércio avançou de 107 a 109 pontos, e a construção civil de 109 a 111. Em contrapartida, a Indústria recuou de 110 para 103, enquanto Serviços decaiu de 112 para 108 pontos.
Por porte
Em março, a confiança da microempresa foi de 110, com queda de 3 pontos em relação ao mês anterior. Por sua vez, a confiança dos microempreendedores individuais apresentou a mesma variação, passando de 110 para 107 pontos. Já a empresa de pequeno porte teve aumento de 6 pontos na confiança, registrando 106 pontos.
Interpretação do ISCON
O Iscon expressa a tendência para o nível de atividade, levando em conta o passado recente (últimos 3 meses) e o futuro próximo (próximos 3 meses). Um índice de Confiança maior que 100 indica tendência de expansão da atividade; igual a 100, tendência de estabilidade da atividade; e, menor que 100, de retração da atividade.